A Piada Mortal Mário
Latino
Tudo dá errado. A polícia e o Batman estão no lugar do crime. O comediante cai num recipiente de lixo tóxico. Com os nervos abalados, conseqüência da cadeia de eventos trágicos narrados, nosso personagem enlouquece. Nasce, assim, o Coringa. Esses elementos da história foram aproveitados no primeiro filme do Batman, com Jack Nicholson interpretando o papel do Coringa. Na
outra linha narrativa, no presente, o Coringa vá até a
casa de James Gordon. Após cravar uma bala na espinha de Bárbara
- que na verdade é a Bat-moça - leva o comissário
como refém. Nas instalações de um circo abandonado,
Gordon é submetido a uma série de torturas cujo único
objetivo é enlouquecê-lo. O ambiente é dantesco,
cheio de mostrengos e personagens de pesadelo. Ambas narrativas se entrecruzam
a cada momento numa das melhores performances que a arte seqüencial
já viu. Este
confronto entre o Morcego e o Coringa está marcado pelo aspecto
psíquico. Enquanto lutam, o vilão afirma que não
há diferença entre sua loucura e a do mundo que o rodeia.
Nesse ponto ele está certo. O Coringa ri enquanto Batman, taciturno, observa. Devagar, as feições enrijecidas do Homem-Morcego esboçam um sorriso. Depois ri, meio forçado. Finalmente gargalha com o Coringa. Como dois moleques. Um carro da policia chega. A sirene berra. Chove. Vilão e herói se abraçam. Brutal. |
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