Um romance noir chamado Blacksad Por Mario Latino
Porque a história é bem, mas muito bem contada com os adequados cortes temporais e as devidas angulações, o que nos da a impressão de estar assistindo a um desses bons filmes policiais baseados nas histórias de Elroy James. E nisso contribui, e muito, o excelente desenho e os tons pastéis que dão à trama sórdida a ambientação adequada. Neste trabalho é importante apontar que as personagens são animais antropomorfos. Eu sei que isso não é nada novo desde as histórias de Disney, lá pelos anos 20 do século passado, e isso ficou mais evidente em outros trabalhos como Maus ou Omaha a gata dançarina, recentemente publicada pela Conrad. A intenção é evidentemente associar algumas “características animais” a esses personagens. Assim, um tipo com cara de cobra age como nós humanos achamos que uma cobra agiria, traiçoeiramente. E um porco é um porco, literalmente. No primeiro número, somos apresentados ao protagonista que por sinal é um detetive particular, uma sólida pantera enfurnada num daquelas capas de chuva que Humphrey Boggart se encarregou de imortalizar nas telas do cinema. Ele fora convocado pelo chefe de policia para dar uma olhada no cadáver de uma antiga namorada e atriz famosa. Num flashback muito bem bolado vemos alguns elementos desse relacionamento e as razões para ele não ter dado certo. A partir desse momento, nosso herói tentará descobrir quem fez aquilo e, como é natural nesse tipo de aventuras, se deparará com algumas surpresas. Não é uma história complexa e. como é natural, abunda em clichês mas eles são bem utilizados e apimentam a história, deixando-a empolgante como toda história noir deve ser. |
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