Dono de um humor sutil, este inglês criou a tira de jornal mais politicamente incorreta de nossa época. Al Marat O
criador de Andy Capp - traduzido no Brasil como Zé do Boné
- cresceu e viveu a maior parte da sua existência na pacata cidade
de Hartlepool, no norte de Inglaterra. Conforme algumas notas biográficas,
Smythe começou sua carreira como cartunista quando já tinha
mais de 30 anos de idade. Antes servira no exército britânico
durante a II guerra mundial, mais especificamente na unidade de fuzileiros
que atendia pelo nome de "Northumberland Fusiliers".
Com eles participou do cerco e assalto a Tobruk. O
esboço de Andy Capp surgiu quando ele fazia uma charge para o Daily
Mirror. Mais tarde, quando Andy Capp já era um sucesso, o autor
admitiria que tinha se inspirado em experiências dele e de alguns
amigos. Andy
Capp começou humildemente e sem estardalhaço. O grande salto
veio em 1963, quando Bob Hall, proprietário do Hall Syndicate
se interessou em publicar a tira nos Estados Unidos. Andy Capp chegaria,
coisa rara para uma tira inglesa, a ser um sucesso. Milhares de norte-americanos
passaram a acompanhar com atenção as aventuras e desventuras
daquele casalzinho com a mesma atenção com que, décadas
atrás, tinham acompanhado Bringing up Father de Mc Manus. No auge,
a tira chegou a ser publicada em 1000 jornais em mais de 40 países. A
tira gerou protestos de grupos feministas que acusaram Andy de bater na
mulher. Smythe jura que isso nunca aconteceu. De resto, a história
é conhecida. Andy passa o dia inteiro em casa sem fazer nada enquanto
Flo dá um duro danado para ganhar alguns trocados e encher a despensa.
A única atividade dele é visitar os botecos enquanto acompanha
os resultados das corridas de cavalos. Mesmo assim Flo é capaz
de sentir ciúmes daquele estropício. Quando questionado
sobre o sucesso de Andy Capp, Smythe não conseguia explicá-lo.
"Talvez seja por causa da Flo", arriscou. |
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